Wednesday, June 25, 2008

AGERE: gestão pública não é sinónimo de fiasco

Nem todas as autarquias estão com a «corda na garganta» em relação às finanças, entre os melhores exemplos, temos a Câmara Municipal de Braga cujo equilíbrio financeiro permite dívidas "suportáveis".

No Anuário Financeiro de 2006 que a Câmara dos Técnicos Oficiais de Contas apresentou hoje, existe uma maioria de autarquias com falta de dinheiro para pagamento de dívidas, mas Braga destaca-se pela positiva.

Já depois da megalomania do europeu de futebol, a Câmara de Braga mantém uma capacidade de endividamento superior a cinquenta milhões de euros, o que demonstra a sua boa gestão financeira

O estudo feito por quatro investigadores da Universidade do Minho, sobre a situação financeira dos municípios portugueses classifica Braga como Câmara equilibrada.

Esta folga de endividamento que a Câmara possui deve levar Mesquita Machado a ponderar muito bem o concurso para parcerias-público-privadas na construção de equipamentos desportivos, culturais e sociais no concelho.

Em primeiro lugar porque essa parceria envolve uma verba inferior à capacidade de endividamento da Câmara Municipal de Braga

Esperamos sinceramente que, caso as propostas não sirvam os interesses municipais, a Câmara Municipal faça as obras através de um empréstimo bancário

Os bracarenses estão a conhecer na pele o preço que está a ser pago pela parceria público-privada na AGERE. Os bracarenses e os autarcas das freguesias estão a pagar um preço muito caro face aos benefícios que a privatização não lhes trouxe.

Mais, quando falamos de coerência ideológica com a política que anunciamos, a maioria socialista no município de Braga teve pensar seriamente na re-municipalização total da AGERE. Um bem de primeira necessidade, como a água e a qualidade do ambiente não se conjugam com os objectivos do lucro a qualquer preço.
Um preço muito alto está a ser pago pela bolsa dos bracarenses para o bolso de meia dúzia.
A gestão pública não é forçosamente má.

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